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04/07/2016

Indústria dá sinais de reação

Houve diminuição do ritmo de queda da produção industrial, mas a desvalorização do dólar preocupa, segundo economistas da ACSP

 

Em maio, a produção industrial apresentou queda de 7,8% na comparação com igual mês de 2015, configurando a vigésima sétima taxa de variação negativa consecutiva, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto no acumulado do ano o recuo foi de 9,8%. 

No entanto, o resultado mensal, livre de efeitos sazonais, mostrou estagnação em relação a abril, e quase estabilidade em 12 meses, ao contrair-se em 9,5%, resultado muito próximo ao observado nos dois meses anteriores (-9,7% e -9,6%, respectivamente). 

Na avaliação dos economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a indústria começa a dar sinais de que tenha parado de aprofundar a queda de produção, em linha com a recuperação da confiança dos empresários e com o menor nível de estoques. 

Se confirmada essa chegada ao “fundo do poço”, dizem os economistas, será uma boa notícia para o setor e para o país, pois a estagnação antecederia uma recuperação em futuro próximo, principalmente daqueles setores mais direcionados às exportações. 

Nesse sentido, preocupa a recente queda da cotação do dólar, que, na ausência de ações que reduzam nossos problemas de infraestrutura e de produtividade da mão de obra, poderá significar alguma reversão dos ganhos de competitividade alcançados.

No contraste com maio do ano passado, as quatro grandes categorias de uso continuam em queda, embora menos intensa que a registrada em abril, na mesma base de comparação: bens de capital (-11,4%), bens intermediários (-8,1%), bens duráveis (-17,4%) e bens semi e não duráveis (-2,1%). 

Destaca-se também o ramo têxtil, com queda de 6,1%, ante a retração de 10,1% observada em abril.

Na contramão, aumentou a quantidade de segmentos que apresentam crescimento, tais como alimentos (3%), produtos farmacêuticos (0,7%), bebidas (4,4%), papel (4,8%) e perfumaria e limpeza (0,7%), estimulados pelos aumentos anteriores da taxa de câmbio. 

Fonte: Diário do Comércio

IMAGEM: Thinkstock