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15/10/2012

Varejo avança pouco em julho

Em relação a junho, as vendas a prazo cresceram menos.

 

O movimento de vendas do comércio paulistano não apresentou recuperação significativa neste início de segundo semestre. De acordo com o balanço de julho, divulgado ontem pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), as transações a prazo cresceram 2%, em relação a igual mês do ano passado e as aquisições à vista, 1,5%, na mesma base de comparação. A boa notícia, de acordo com a entidade, é que no mesmo período houve reação positiva na recuperação do crédito, sinalizando uma inadimplência "com ligeira propensão à baixa". 

O balanço, elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da ACSP, reflete a análise de uma amostra de consultas de clientes da Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). 

"Apesar das medidas tomadas pelo governo para estimular o nível de atividade da economia, a crise internacional, a queda da produção industrial e o endividamento das famílias estão retardando uma retomada mais expressiva das vendas. Esperamos que o governo dê sequência a novas medidas com ênfase nos investimentos", afirmou o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato. 

O economista do IEGV, Emilio Alfieri, lembrou que, em junho de 2012, o Indicador de Movimento do Comércio a Prazo (IMC/SCPC) obteve avanço de 5,4%, em relação a igual mês de 2011. A desaceleração de julho, com crescimento de 2% em comparação com igual período do ano passado se deu, analisa o economista, porque o consumidor antecipou para junho as compras de produtos de linha branca e móveis, com temor de que o governo suspendesse a redução da alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para esses itens. 

No caso das vendas à vista, dimensionadas pelo Indicador de Movimento de Cheques (ICH–SCPC/Cheque), o desempenho de julho (com crescimento de 1,5%, ante igual mês de 2011) foi prejudicado pelas altas temperaturas e seu impacto negativo na comercialização das coleções de moda inverno, explicou Emilio Alfieri. 

Historicamente, o consumidor adquire produtos como roupas, calçados e acessórios por meio de transações à vista. Esse efeito negativo no resultado do ICH do comércio paulistano foi compensado, na opinião do economista, pelo bom desempenho no setor de variedades e no varejo farmacêutico. 

Além disso, acrescentou Alfieri, o impacto da queda de produção na indústria sempre é maior na Capital paulista, e pode afetar os negócios do varejo como um todo.  

Inadimplência – No caso da inadimplência, os dados de julho, na comparação com o mesmo mês de 2011, sugerem propensão de baixa – "desde que não haja piora no cenário econômico internacional e/ou na massa salarial (emprego e renda)", ressalvou o economista. 

De acordo com o balanço da ACSP, o Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) apresentou crescimento de 9,4% nessa base de comparação. No mesmo período, o salto do Indicador de Recuperação de Crédito (IRC) foi maior, com variação de 9,7%. 

Para Alfieri, os dados da comparação mensal (julho de 2012 ante junho do mesmo ano) reforçam essa expectativa de diminuição da inadimplência, ainda que esse desempenho (veja tabela ao lado) também seja influenciado pela sazonalidade do período. 

Pais –  O resultado do balanço do mês de julho não alterou as projeções da Associação Comercial para o Dia dos Pais, a ser comemorado em 12 de agosto. 

A entidade projeta, para as vendas associadas à data, crescimento entre 3% e 4%, na comparação com o desempenho de 2011. Mas ressalva que não se pode projetar a estimativa para o desempenho mensal total de agosto.

Fonte: Diário do Comércio

www.acsp.com.br (assessoria de imprensa)